terça-feira, 29 de novembro de 2011

Falando um pouco sobre HUMILDADE...

Conhecendo a verdadeira Humildade
Jesus criticava o amor-próprio excessivo porque acreditava que as pessoas que aceitam depender de Deus e abrem mão da auto-suficiência alcançam a plenitude. É preciso humildade para reconhecer que não somos Deus e saber que precisamos nos relacionar com ele para sermos espiritualmente completos. Essa mesma humildade nos permite compreender que também necessitamos dos outros para sermos emocionalmente completos. Deixamos de ser humildes e fingimos ser superiores aos outros quando sentimos medo de admitir que temos necessidades deles.
A tendência atual da psicologia também reconhece a importância de dependermos dos outros. Não somos unidades auto-suficientes e sim seres interligados.
O ponto de partida para a plenitude espiritual e psicológica é a nossa necessidade de ter um relacionamento com algo maior do que nós mesmos. A dependência saudável nos relacionamentos produz pessoas saudáveis. Precisar dos outros nos torna mais fortes e não carentes. Os seguidores de Jesus nunca se consideravam melhores do que as outras pessoas pelo fato de precisarem delas para serem completos. Ao contrario dos fariseus, temos que agradecer a Deus por sermos como as outras pessoas, porque isso nos coloca no caminho para conhecer a plenitude.
A necessidade de menosprezar aqueles que não compreendemos decorre de um amor-próprio excessivo que prejudica a nossa própria saúde espiritual e psicológica.
O que Jesus criticava como excesso de amor-próprio a psicologia chama de narcisismo, que acontece quando a pessoa tem uma visão grandiosa de si mesma para defender-se das próprias imperfeições. O narcisismo prejudica o relacionamento com os outros e cria uma barreira tanto para a saúde espiritual quanto para a psicológica.
Aqueles que são suficientemente humildes para admitir que podem aprender com os outros sem os desprezarem estão no caminho da saúde psicológica e espiritual à qual Jesus se referiu.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: A arrogância que nos leva a acreditar que somos superiores aos outros tem origem no medo de sermos inferiores.

Trecho tirado do Livro: Jesus, o maior psicólogo que já existiu – Mark W. Baker 

domingo, 27 de novembro de 2011

Destralhe-se

“- Bom dia, como tá a alegria?”
Diz dona Francisca, que acaba de chegar.
“-Antes de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!” e ela me apertou.
Na matemática de dona Francisca, “quatro abraços por dia dão para sobreviver; oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar”. Falando nisso, “vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada”. Já ouviu falar em toxinas da casa?
Pois são:
- Objetos que você não usa.
- Roupas que você não gosta ou não usa há um ano.
- Coisas feias.
- Coisas quebradas, lascadas e rachadas.
- Velhas cartas, bilhetes.
- Plantas mortas ou doentes.
-Recibos;jornais;revistas antigos.
-Remédios vencidos.
-Meias velhas, furadas.
-Sapatos estragados...
Ufa, que peso! “O que está fora está dentro e isso afeta a saúde”, aprendi com dona Francisca. “Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!”, ela diz, enquanto me ajuda a “destralhar”, ou liberar as tralhas da casa...
O “destralhamento” é a forma mais rápida de transformar a vida e ajuda as outras eventuais terapias. Com o destralhamento:
- A saúde melhora;
- A criatividade cresce;
- Os relacionamentos se aprimoram...
É comum se sentir cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de entulho, pois “existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos”.
Outros possíveis efeitos do “acúmulo e da bagunça”:
- Sentir-se desorganizado;
- Fracassado;
- Limitado;
- Aumento de peso;
- Apegado ao passado...
No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; Na entrada, restringem o fluxo da vida; Empilhadas no chão, nos puxam para baixo; Acima de nós, são dores de cabeça;
“Sob a cama, poluem o sono”.
“Oito horas, para trabalhar; Oito horas, para descansar; Oito horas, para se cuidar”.
Perguntinhas úteis na hora de destralhar-se:
- Por que estou guardando isso?
- Será que tem a ver comigo hoje?
- O que vou sentir ao liberar isto?..e vá fazendo pilhas separadas...
- Para doar!
- Para jogar fora!
Para destralhar mais:
- Livre-se dos barulhos,
- Das luzes fortes,
- Das cores berrantes,
- Dos odores químicos,
- Dos revestimentos sintéticos...e também...
- Libere mágoas.
- Pare de fumar.
- Diminua o uso da carne.
- Termine projetos inacabados.
“Se deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará...Se não deixas sair te destruirá.” Arremata o mestre Jesus, no evangelho de Tomé. “Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente”, diz a sabedoria oriental. O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.
Dona Francisca me conta que  “as frutas nascem azedas e no pé, vão ficando docinhas com o tempo”. A gente deveria ser assim, ela diz: “Destralhar ajuda a adocicar.”
Se os sábios concordam, quem sou eu para discordar.
“Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar”.
Texto de Carlos Solano (Postado no jornal “Holístico do Triângulo Mineiro” pelo psicólogo Alisson Machado Borges)
Por Fabiana Vitorino

sábado, 26 de novembro de 2011

Sobre a morte e o morrer

Rubem Alves

O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?


Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...

Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”

Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.

Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".

Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.

Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12-10-03. fls 3.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

DEZ PASSOS PARA SE AMAR por Louise Hay

 
1 - Parem com toda a crítica
- A crítica nunca muda coisa alguma. Recusem criticar-se.
Aceitem-se exatamente como vocês são. Todos mudam.
Quando vocês se criticam, suas mudanças são negativas.
Quando se aprovam, suas mudanças são positivas.


2 - Não se alarmem
- Parem de se aterrorizar com seus pensamentos.
Encontrem uma imagem mental que lhes dê prazer e imediatamente desviem os seus pensamentos para algo agradável.


3 - Sejam gentis, bondosos e pacientes
tratem-se com paciência, gentileza e bondade.
Tratem-se como fariam com alguém a quem amassem.


4 - Sejam gentis com sua mente.
Odiar-se é somente odiar os seus próprios pensamentos.
Mudem gentilmente os seus pensamentos para pensamentos mais amorosos.

5 - Elogiem-se.
A autocrítica deprime o espírito interior.
A exaltação o edifica.
Afirmem a vocês mesmos como é apropriado o que estão fazendo com tudo.


6 - Apoiem-se.
Aproximem-se dos amigos e permitam com que eles os ajudem.
Ser forte é pedir por ajuda quando mais precisam.


7 - Sejam amorosos com seus pontos negativos -
Reconheçam que os criaram para satisfazer uma necessidade.
Agora estão encontrando novas maneiras positivas de preencherem estas necessidades.
Liberem os velhos padrões.


8 - Cuidem do seu corpo -
Aprendam sobre nutrição.
O que o seu corpo necessita para ter a energia e a vitalidade ideal?
Aprendam sobre exercícios.
Estimem o templo em que vocês vivem.


9 - Trabalho do Espelho
- Olhem dentro dos seus olhos freqüentemente.
Expressem o sentido crescente do amor que sentem por vocês mesmos. Perdoem-se por tudo, enquanto se fitam no espelho.
Uma vez ao dia digam -
"Eu amo você" para vocês mesmos no espelho.


10- Façam-no Agora
- Não esperem até que vocês fiquem bem, percam peso ou recebam um novo emprego.
Comecem agora, façam o melhor que puderem.



Extraído do Livro "Criando uma Abordagem Positiva" por Louise Hay

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Tocando em Frente

"Ando devagar, porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais...
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
só levo a certeza de que muito pouco sei, ou nada sei...
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs...
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder seguir,
É preciso a chuva para florir,
Penso que cumprir a vida, seja simplesmente,
compreender a marcha e ir tocando em frente,
Como um velho boiadeiro, levando a boiada
Eu vou tocando os dias, pela longa estrada, eu vou,
estrada eu sou..
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder seguir,
É preciso a chuva para florir,
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora,
Um dia agente chega,
 e no outro vai embora,
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
....."

Música belíssima de composição de Almir Sater e Renato Teixeira, grandes nomes da Música Popular Brasileira, que fala ao nosso coração com simplicidade e profundeza, lembrando do quanto humanos somos e esta é a graça de viver..!!!

Por Fabiana Vitorino

sábado, 12 de novembro de 2011

VOCÊ TEM QUE SABER QUANDO ABRIR MÃO

Todos os relacionamentos têm o mesmo componentes básicos: pessoas, necessidades e expectativas. Por mais que tentemos manter as questões da necessidade e das expectativas sob controle, normalmente nos envolvemos tanto com elas, que a pura essência do relacionamento se perde entre o que achamos que deveríamos estar fazendo e o que esperamos que seja feito. Às vezes, as necessidades são bastante reais. Outras vezes, não. Às vezes as expectativas se baseiam na mais pura realidade. Na maior parte dos casos, não. Às vezes, as expectativas de conseguir suprir as necessidades são colocadas em cima de nós. Outras vezes, somos nós que as colocamos em cima de nós mesmo. O que é preciso perceber, antes que seja tarde demais, é que quando o amor é a base dos relacionamentos, todas as necessidades e expectativas são supridas sem nenhum esforço de nossa parte.

Enquanto agirmos por amor, com amor, recusando-nos a permitir que o nosso “eu” se perca na busca pelo amor, estaremos bem. Não podemos perder no amor. Nada do que façamos pode fazer com que alguém que nos ama, que realmente nos ama, deixe de nos amar. Podem ficar zangados conosco. Podem ficar desapontados conosco. Isso tem a ver com as necessidades e expectativas deles. Não com o amor. Quanto mais amor dermos, mais amor iremos receber. Nem sempre parece ser assim, mais é a mais absoluta verdade. Pode ser que você não o receba daqueles para quem você dá – mais saiba, tenha certeza de que você irá receber amor. O amor sempre volta para aqueles que o dão livre e corajosamente, sem condições ou expectativas.

Culpa, vergonha, medo, raiva e ressentimento não são frutos de um relacionamento amoroso. São resultados das situações em que nos colocamos com nós mesmos e com as pessoas que amamos. Sempre que, numa experiência amorosa, vivermos uma dessas situações, estamos tendo a oportunidade de mudar do amor condicional para o incondicional. A resposta que damos em nossos relacionamentos amorosos podem servir como um trampolim para nosso desenvolvimento mental, emocional e espiritual, com todo um crescimento do nosso ser. Fazer essa mudança nos permite perceber que não temos que sentir culpa ou mágoa, vergonha ou raiva, ressentimento ou solidão. Tudo o que temos que fazer é amar a nós mesmos e a todos os outros da melhor maneira que pudermos. Não temos que provar o nosso amor, nem devemos pedir aos outros que provem o deles. Quando fazemos isso, estamos pedindo para reviver as mesmas experiências, aprender as mesmas lições, andar pelo mesmo terreno que já cruzamos. Até que consigamos absorver o conceito de que o amor não pede nada, iremos continuar repetindo os mesmo comportamentos.

A renúncia e o desapego são dois detergentes espirituais que nos aproximam da experiência do amor. A renúncia, o ato de admitir conscientemente o que podemos e não podemos fazer nos impede de assumir falsas responsabilidades e de fazer as coisas prejudiciais ao nosso próprio bem-estar. Freqüentemente nos relacionamentos queremos ser tudo, fazer tudo, dar tudo, quando sabemos perfeitamente vem que isso é impossível. Estamos fazendo uma tentativa desesperada para provar que somos dignos de ser amados. O segredo aqui é renunciar a todos os pensamentos, a todas as crenças, a todas as idéias que nos levam a concluir que não podemos ser amados, instantaneamente nos tornarem capazes de ser amados! Quando somos dignos de ser amados, não é preciso fazer nada. Apenas ser. O caminho para esta percepção é o desapego. Desapegue-se de todas as condições que você se impôs. Não há nada que você tenha que fazer. Não há nada que você tenha que ser. Qualquer coisa que você ache que tenha que ser, fazer ou ter para merecer o amor é como um circulo de sujeira na banheira – deve ser removido.


Trecho retirado do livro: Enquanto o amor não vem – Iyanla Vazant

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O que trazemos e o que levamos...

Você vem ao mundo sem coisa alguma. 
Assim, uma coisa é certa: nada lhe pertence. 
Você vem absolutamente despido, porém com ilusões.
É por isso que toda criança nasce com as mãos fechadas, cerradas, acreditando que está trazendo tesouros 
- e aqueles punhos estão vazios. 
E todos morrem com as mãos abertas. 
Tente morrer com as mãos cerradas - até o momento ninguém conseguiu.
Ou tente nascer com as mãos abertas - ninguém conseguiu também.
 
Nada lhe pertence, então, você está preocupado com qual insegurança?
Nada pode ser roubado, nada pode ser tirado de você. 
Tudo o que você está usando pertence ao mundo.
 E um dia você terá que deixar tudo aqui.

Você não será capaz de levar coisa alguma com você.
“Será que estou no caminho certo?”

As indicações de que você está no caminho certo são muito simples:
 
A) Suas tensões começam a desaparecer. 
B) Você fica mais e mais senhor de si. Mais e mais calmo. 
C) Encontrará beleza em coisas que jamais concebeu pudessem ser belas. 
D) As menores coisas começarão a ter imenso significado. 
E) O mundo inteiro se tornará mais e mais misterioso a cada dia.  
F) Você se tornará menos e menos culto e mais e mais inocente - como uma criança correndo atrás de borboletas, ou 
 pegando conchas do mar numa praia. 
G) Você sentirá a vida não como um problema, mas como uma dádiva, uma benção, uma graça.

Essas indicações crescerão continuamente se você estiver na pista certa.

Baste-se!  Não dependa de nada para ser feliz.

Você tem a VIDA!



Por Osho - Do livro “Mais Pepitas de Ouro”.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tome uma atitude prazerosa

Quanto mais aprendemos a amar e a aprovar o nosso Ser a partir de uma consciência de auto-aceitação, mais prazerosas serão as nossas atitudes na vida. O prazer participa da nossa vida quando nos libertamos da necessidade de agradar os outros apenas para ter a sua aprovação, ou quando a instabilidade dos humores em nós e nos outros não afetam nossa auto-estima. O prazer torna-se consciente em cada ato, em cada gesto, quando reconhecemos que o amor e o respeito que podemos sentir por nós mesmos e pelos outros está sempre disponível na dimensão da Alma.
Sugestões práticas para uma Atitude Prazerosa:
·         Faça hoje o aquilo que mais gosta de fazer.
·         Jamais deixa para amanhã o que você pode fazer, sentir, viver hoje, com muito prazer.
·         Faça as coisas com bastante atenção e veja como isso é prazeroso.
·         Em primeiro lugar, ame o que você faz e verá que isso é muito mais prazeroso do que só fazer o que gosta.


Retirado do Livro: “O livro das Atitudes”

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sugestões de Filmes

É com alegria que venho indicar alguns bons filmes para você assistir, com temas ligados a família, à adoção, amor conjugal, amor entre pais e filhos!

Assistam, reflitam, descubram que emoções eles podem provocar em você!

Em breve, teremos comentáris sobre eles!

Segue abaixo a lista:
* Meu malvado favorito (desenho)
* As coisas impossíveis do amor
* Enrolados (desenho)
* Estão todos bem
* O som do coração
* Megamente (desenho)
* Astroboy (desenho)

Abraços fraternos,
Fabiana Cândida Vitorino

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma criança chora...

Mesmo com o avanço da idade e do eminente amadurecimento, mora em nós uma criança que vive com seus medos e angústias. E que, por vezes, nos faz derramar lágrimas
Rubem Alves

Minha alma tem estado a visitar a minha infância. Fantasias. O que são fantasias? As fantasias de infância são as memórias transfiguradas pela saudade. Eu poderia colocar minhas fantasias de infância em álbuns diferentes, como se fossem fotografias. Fantasias dos pequenos espaços (a cabaninha, a casa no alto da árvore), as fantasias dos grandes espaços (os campos, os jardins), as fantasias da noite com seus terrores...
Antigamente... essa palavra me intrigava. Ouvia que os grandes em suas visitas noturnas a usavam com frequência. E eu perguntava: “Quando é antigamente?” Nunca me explicaram. Mas agora eu sei quando é antigamente. Pois antigamente os grandes gostavam de fazer sofrer as crianças. Acho que eles pensavam que as crianças não tinham o “lá dentro” onde mora o sofrimento.
Os grandes me faziam sofrer e riam do meu sofrimento. Mentiam para me fazer sofrer. Eu devia ter uns quatro anos, na roça. Perto da casa havia uma mata fechada. Por medo, eu nunca me aproximei dela. Diziam que lá moravam onças. E os grandes me diziam que naquela mata fechada morava um menino. E, para provarem, diziam: “Quer ver?” E gritavam: “Ô menino!” O grito batia na mata e voltava como eco bem fraco: “Ô menino...” Mas eu nada sabia sobre ecos. Sim, era a voz fraca de um menino abandonado. Que pais o teriam deixado lá? E por que ele ficava lá?
E a imagem daquele menino não me deixava. De noite, na minha cama, eu me lembrava dele sozinho no escuro. Como eu desejava poder trazê-lo para a segurança da minha casa! Mas eu nada podia fazer. E assim dormia, sofrendo o abandono do menino. Nunca vi o dito menino, porque ele não existia. Mas a alma não sabe o que é isso, o não existir. Aquilo que é sentido existe. A alma é um lugar assombrado onde moram as mais estranhas criaturas que, sem existirem, existem.
Lembro-me de que, numa dessas noites, eu chorava baixinho. Chorava de angústia. Minha mãe ouviu o meu choro e veio assentar-se ao meu lado para saber o que me fazia sofrer.
Expus-lhe, então, a minha aflição: “Mãe, quando eu crescer, como é que vou fazer para arranjar uma mulher?”, “Mãe, quando eu crescer como é que vou fazer para ganhar a vida?”
Quem tomar essas perguntas no seu literalismo se rirá delas. Não é engraçado que problemas tão distantes façam uma criança chorar? Mas o seu sentido não se encontra na letra. Ele se encontra no não dito, na noite escura de onde surgiram, noite da minha alma, aquela noite quando seria inútil chamar por pai ou por mãe, porque não haveria ninguém para ouvir. Naquela noite eu chorava pela minha solidão, pelo abandono que me esperava, quando eu seria como o menino da mata.
O menino abandona- do não me abandonou. Entrou dentro de mim e mora comigo. Me faz sofrer. Me dá ternura. Sempre que vejo uma criança abandonada, eu sofro. Quereria poder protegê-la, cuidar dela. Eu me enterneço porque a criança abandonada que mora em mim está sofrendo. Afinal, todos somos crianças abandonadas. Nos momentos de solidão noturna, de insônia, tomamos consciência de que estamos destinados ao abandono, àquele tempo quando será inútil chamar “meu pai” ou “minha mãe”. É assim que me sinto, às vezes. Tenho, então, vontade de chorar...

Reportagem da revista Psique – Acessado em: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/57/artigo184570-1.asp