sábado, 31 de dezembro de 2011

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo 
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Cortar o tempo

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa
outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente...
Para você,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.
Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...
Então, desejo apenas que você tenha muitos
desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a
cada minuto, ao rumo da sua felicidade!"

Em relação a autoria, eu sempre li esse texto como sendo do Carlos Drummond de Andrade, mais já vi vários outros autores também como autores, então não sei quem ao certo é o verdadeiro autor, se alguém tiver alguma informação pode comentar!

É hora de analisar...

 “Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa
outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente...”

Convido você a pensar e avaliar esse ano que se encerra.
·        Como foi sua vida PROFISSIONAL? Que nota, de 0 a 10, você daria para sua vida profissional em 2011? O que pode melhorar? O que VOCÊ pode fazer para melhorar?

·        E sua vida FAMILIAR? Qual a nota? O que foi legal, o que não foi tão bom assim, e o que foi péssimo? O que pode melhorar? O que você pode fazer para melhorar?

·        E na área AFETIVA/SEXUAL? O que teve de bom? E de ruim? Qual a nota, de 0 a 10?

·        E PESSOAL? Como foi seu ano pessoal? Cuidou de você? Aprendeu coisas novas? O que pode melhorar? Qual a nota?

·        E SOCIAL? Qual a nota?

·        ESPIRITUAL?
Faça uma AVALIAÇÃO GERAL do seu ano. Escreva, visualize, deixe as lembranças mais concretas, não fiquei apenas no plano do pensamento, isso vai ajudá-lo a ter mais clareza e precisão.
Depois de uma boa avaliação e balanço, vamos aos PLANOS E DESEJOS PARA O NOVO ANO.
O que você deseja? Pense em cada área novamente, assim por partes é mais fácil. PROFISSIONAL / FAMILIAR / AFETIVA/SEXUAL / PESSOAL / SOCIAL /ESPIRITUAL.
Faça perguntas em cada uma delas.
O que eu quero?
Que mudanças quero efetivar?
O que posso fazer para mudar e aproveitar as mudanças?
Em que prazo?
O que posso fazer para me boicotar?
Escreva, visualize!
Bom trabalho!
Tatiane Medeiros Cunha

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Rompendo o casulo e ganhando a vida

O sábio Jonas PahNu estava tranquilo, lendo um pouco. De repente:
– Não é possível… Tudo está contra mim. Até parece que “só tem eu no mundo” para as coisas darem erradas! – esbravejou Daniel, entrando repentinamente na sala.
– Do que você está falando, meu garoto? – perguntou Jonas.
– Nada em especial, mestre. Mas ultimamente, para mim, tudo parece ser mais difícil. Tudo o que vou fazer dá um trabalho enorme, complica-se tanto que tenho a sensação de estar sendo perseguido pelas dificuldades da vida. Para meus amigos, tudo acontece de um jeito tão mais fácil!…
– Você não gosta de dificuldades, não é mesmo?
– Não gosto. Acho que tudo poderia ser mais fácil. Acho que a gente não precisaria passar por tanta encrenca para conseguir algo.
– Ora, Daniel… Você tem certeza de que é isso mesmo que gostaria de viver? Uma vida insossa, sem as emoções de vencer as dificuldades?
– Mestre, apenas acho que talvez a vida pudesse ser um pouco mais simples. Para que tanta dificuldade, afinal? Que sentido tem isso?
Jonas levantou de sua cadeira predileta, apanhou o chapéu de palha de que tanto gostava, e foi em direção à porta. Daniel entendeu, de imediato, que ele queria mostrar-lhe algo. Deu meia volta e saiu apressado atrás do seu mestre.
Caminharam em silêncio através da relva, por pouco mais de dez minutos, até chegarem a um aglomerado de arbustos de folhas largas. Eram amoreiras.
– Venha – disse Jonas. Quero que veja algo. E caminhou por debaixo dos arbustos, conduzindo Daniel.
– Olhe para isto… Você sabe o que são?
– São casulos. – respondeu Daniel.
– Sim… E amanhã serão borboletas. – completou Jonas. Estão na última fase de sua transformação. Agora, olhe para os orifícios nesses casulos. É por onde sairão as borboletas. Você nota alguma coisa?
Daniel observou com cuidado e finalmente respondeu, apontando para um dos casulos:
– Este casulo tem o orifício bem maior do que os demais. Por que será?
– Bem observado, garoto. Provavelmente deve ter sido roído por alguma outra lagarta, ou algum pássaro em busca de comida. Mas o que interessa não é saber o porquê desse orifício ser maior do que os dos outros casulos. O que realmente importa saber dessa história vai ter de ficar para depois. Vamos para casa e voltaremos aqui amanhã, após o almoço – concluiu Jonas.
Seguiram de volta, e não tocaram mais no assunto. Daniel, mesmo curioso, sabia que não adiantaria perguntar nada mais ao mestre, antes da hora marcada por ele.
No dia seguinte, por volta da duas horas da tarde, estavam de volta ao local dos casulos. Sentaram-se e observaram as borboletas deixando os casulos, uma a uma, estirando lentamente suas asas, que tomavam forma e cores gradativamente, e depois as secando ao sol, para finalmente levantarem voo.
No final do dia, todas as borboletas haviam partido e abandonado seus casulos. Exceto uma: aquela que tinha no casulo uma abertura muito maior do que as outras. Ela não conseguira voar. Saíra de seu casulo, porém permanecia no chão, com o corpo inchado e as asas atrofiadas, girando em círculos. E jamais chegaria a voar.
Observando aquilo, Daniel não se conteve e perguntou:
– Mestre! O que houve com ela?
E Jonas PahNu pacientemente explicou:
– O esforço que a borboleta faz para sair do casulo por aquele pequeno orifício é o recurso que a natureza usa para empurrar os líquidos de seu corpo para dentro de suas asas. Desse modo, as asas são irrigadas, expandem-se e tomam forma, e ganham leveza e forças para voar.
Portanto, é a partir da superação da dificuldade de romper o casulo, de passar por aquele pequeno orifício, que se define o esplendor da borboleta.
Aquele casulo que tinha o orifício bem maior que os demais, o que aparentemente facilitaria o trabalho da borboleta, acabou por incapacitá-la de ter toda a sua natureza desenvolvida.
Então Jonas concluiu: as lutas, as dificuldades, são necessárias para o nosso crescimento. Se Deus nos permitisse passar pela vida sem nenhum obstáculo, jamais desenvolveríamos todo o nosso potencial. Não seríamos fortes o bastante e não poderíamos voar para a liberdade, tal qual aconteceu com a borboleta que não precisou lutar para sair do casulo.


Texto de: Gilberto Cabeggi, em: http://antestardedoquenunca.com.br/artigos/rompendo-o-casulo-e-ganhando-a-vida/

domingo, 18 de dezembro de 2011

Vendo com outros olhos

Um dia um pai de família rica levou seu filho para viajar ao interior com o firme propósito de mostrar quanto as pessoas podem ser pobres.
Eles passaram um dia e uma noite na fazenda de uma família muito pobre.
Quando retornaram da viagem o pai perguntou ao filho:
- Como foi a viagem?
- Muito boa, papai!
- Você viu como as pessoas podem ser? - o pai perguntou.
- Sim.
- E o que você aprendeu? - o pai perguntou.
O filho respondeu:
- Eu vi que nós temos um cachorro em casa, e eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim; eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, eles têm as estrelas e a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada, eles têm uma floresta inteira.
Quando o pequeno garoto acabou de responder, seu pai ficou estupefato.
O filho acrescentou:
- Obrigado pai, por me mostrar o quanto "pobres" nós somos!
MORAL DA HISTÓRIA
Tudo o que você tem depende da maneira como você olha para as coisas.
Autor desconhecido

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Zé era uma dessas pessoas que vive fugindo das dificuldades.
Sempre procurou caminho mais curto e cômodo. Era mestre em atalhos
Nem sempre suas soluções eram as melhores. Mas sempre estavam de acordo com os seus próprios interesses. Sofrimento era uma palavra que simplesmente não existia no dicionário do Zé.
Tudo o que pudesse provocar algum tipo de desconforto era imediatamente colocado em segundo lugar. Coisas como: solidariedade, amor, desinteressado, humildade, perdão...
Um dia Zé morreu...
Ao chegar no Céu encontrou São Pedro em frente a uma grande porta com uma imensa cruz de mais ou menos cinco metros.
Zé saudou o Santo com a intimidade de um velho conhecido, ... do jeito que fazia com os amigos nos bares da vida, quando queria pedir algum favor.
Depois, então, Zé lhe perguntou: Qual o caminho mais curto para o céu?
São Pedro respondeu:
"Seja Bem-vindo, Zé! A porta é por aqui mesmo ... Entre!"

O Zé entrou e viu uma longa escada, bastante estreita e pedregosa. E perguntou imediatamente, como fazia nos velhos tempos: Não tem um caminho mais curto?
São Pedro respondeu com ternura e autoridade: "Não, Zé. O caminho é esse mesmo. Todos os que entram no céu passam por aqui. E tem mais. Você deverá levar esta Cruz até lá. São apenas cinco quilômetros de caminhada."
O Zé olhou para a Cruz e pensou com seus botões: Vou dar um jeitinho. Agradeceu e saiu com sua Cruz em direção ao Paraíso. Caminhou um quilometro sem dificuldades. Foi então que viu um serrote esquecido no chão. Olhou ao redor, não viu ninguém e não resistindo a tentação, cortou um metro da Cruz.
Continuou o seu caminho mas levou junto o serrote. Mais um quilometro ... mais um metro cortado. Mais um quilometro ... cortou outro metro.
Quando faltava apenas cem metros para chegar no Céu só havia mais um metro da Cruz. E lá ia o Zé carregando a cruz sem dificuldade, como sempre fez durante toda sua vida. Foi então que aconteceu o inesperado. Para chegar até o Céu, seria necessário atravessar um precipício. A distancia até a outra margem é de cinco metros. O Zé podia ver apenas um fogo intenso no fundo do precipício. Faltou coragem... ele não seria capaz de saltar tão longe. Desanimado, sentou. Lembrou então a oração do Anjo da Guarda que aprendera com sua avó.
Começou a rezar ... e logo seu Anjo da Guarda apareceu e perguntou:
* Ei Zé... o que você está esperando? A festa lá no Céu está uma maravilha! Você não está escutando a música e as danças?... Porque você está aqui sentado?
O Zé respondeu: Cheguei até aqui, mas tenho medo de pular este precipício. O Anjo, então, exclamou:
* Ora, Zé use a ponte!
Que ponte?... perguntou o Zé. E o Anjo respondeu: Aquela que São Pedro lhe deu lá na entrada! Onde está a sua ponte, Zé? E, Zé compreendendo o seu grande erro respondeu tristemente ao Anjo:
* Eu cortei!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Filtro Solar - Pedro Bial

Senhoras e senhores da turma de 2003:
Filtro solar!
Nunca deixem de usar o filtro solar
Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta:
usem o filtro solar!
Os beneficios a longo prazo
Do uso de filtro solar estão provados
E comprovados pela ciência
Já o resto de meus conselhos
Não tem outra base confiável
Além de minha própria experiência errante
Mas agora eu vou compartilhar
Esses conselhos com vocês...
Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude.
Ou, então, esquece...
Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado.
Mas pode crer, daqui a vinte anos você vai evocar as suas fotos
E perceber de um jeito que você nem desconfia, hoje em dia, quantas, tantas alternativas se escaravam a sua frente
E como você realmente tava com tudo encima
Você não tá gordo, ou gorda
Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação
é tão eficaz quanto mascar chiclete
para tentar resolver uma equação de álgebra.
As encrencas de verdade da sua vida, tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada
E te peguam no ponto fraco às 4 da tarde de um terça-feira muito horrenda
Todo dia, enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade.
Cante.
Não seja leviano com o coração dos outros.
Não ature gente de coração leviano.
Use fio dental.
Não perca tempo com inveja.
Às vezes se está por cima,
às vezes por baixo.
A peleja é longa e, no fim,
é só você contra você mesmo.
Não esqueça os elogios que receber.
Esqueça as ofensas.
Se conseguir isso, me ensine.
Guarde as antigas cartas de amor.
Jogue fora os extratos bancários velhos.
Estique-se.
Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam,
aos 22, o que queriam fazer da vida.
Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.
Tome bastante cálcio.
Seja cuidadoso com os joelhos.
Você vai sentir falta deles.
Talvez você case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos 40, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.
Faça o que fizer, não se auto congratule demais, nem seja severo demais com você.
As Suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo, é assim pra todo mundo.
Desfrute de seu corpo, use-o de toda maneira que puder, mesmo!
Não tenha medo do seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele
É o maior instrumento que você jamais vai construir.
Dance! Mesmo que não tenha aonde além de seu próprio quarto.
Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois.
Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se achar feio!
Brother and sister
Together we'll make it through
Someday a spirit will take you
And Guide you there
I know you've been hurtin'
But I've been waiting to be there for you
And I'll be there just helping you out
Whenever I can
Dedique-se a conhecer os seus pais.
É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez.
Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado
e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.
Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons.
Esforce-se de verdade pra diminuir as distâncias geográficas e de estilos de vida.
Porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem
More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer.
More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer.
Viaje.
Aceite certas verdades inescapáveis: os preçoes vão subir, os politicos vão saracutiar, você, também, vai envelhecer.
E quando isso acontecer..
Você vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razuáveis,
Os políticos eram decentes
E as crinanças respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos. E não espere que ninguém segure a sua barra.
Talvez você arrume uma boa aponsentadoria privada,
Talvez case com um bom partido, mas não esqueça que um dos dois pode de repente acabar.
Não mexa demais nos cabelos, senão quando você chegar aos 40, vai aparentar 85.
Cuidado com os conselhos que comprar,
mas seja paciente com aqueles que os oferecem.
Conselho é uma forma de nostalgia.
Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo,
repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.
Mas no filtro solar, acredite!
Brother and sister
Together we'll make it through
Someday a spirit will take you
And Guide you there
I know you've been hurtin'
But I've been waiting to be there for you
And I'll be there just helping you out
Whenever I can
Everybody is free.. (3x)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pronta para Amar

Direção: Nicole Kassel
Elenco: Kate Hudson, Kathy Bates, Lucy Punch, Gael García Bernal e Whoopi Goldberg
Nome Original: Earthbound/ A Little Bit of Heaven
Duração: 117 minutos
Ano: 2010
País: Estados Unidos
Classificação: 12 anos
Gêneros: Drama, Romance

Marley (Kate Hudson) é uma jovem independente, linda, alegre e bem sucedida. É solteira por opção, e adora curtir a vida.
Marley tem um cão, um apartamento, dois amigos (o gay negro e a louca meio encalhada), transa com quem quer e não se compromete.
Marley descobre que está com câncer, e vive um momento de vida e morte. Essa grave doença faz com que Marley repense e reflita sobre a maneira como está vivendo a vida.
Ela conhece Julie (Gael García Bernal), se apaixona por ele, que é seu médico, e descobre a possibilidade de ser feliz no amor e ainda superar a grave doença.
Marley recebe ainda conselhos de Deus, que é interpretado por Whoopy Goldberg.

O filme nos faz pensar na maneira que estamos vivendo a vida, e o que mais me tocou foi a maneira que a personagem principal encara a morte.
Tatiane Medeiros Cunha

domingo, 4 de dezembro de 2011

Entendendo as Emoções e a sua importância para os relacionamentos humanos

Emoções Autênticas ou Naturais
     São mecanismos automáticos do nosso cérebro límbico, reguladoras dos nossos instintos, com o propósito de manter a nossa sobrevivência e bem-estar.

     Obedecem a uma programação natural, biológica: Respondem ao aqui e agora; possuem duração proporcional ao estímulo (circunstancial); são contagiantes; são saudáveis.

     Dentro da Teoria da AT, são cinco as emoções naturais: amor/afeto; alegria/prazer; raiva, medo e tristeza. Sendo as duas primeiras consideradas prazerosas, e as três últimas desprazerosas.

        Emoções Disfarces

     “É uma emoção substituta, inadequada, fomentada pelos pais ou substitutos parentais na infância, que está no lugar de uma emoção autêntica, ignorada ou proibida por eles.” (KERTÉSZ, 1997)

     Não possuem significado biológico, são disfuncionais; aprendidas com os pais ou seus substitutos; respondem às experiências do passado; dão respostas não proporcionais ao estímulo, em tempo, qualidade, duração e intensidade.

     Na teoria da AT, os disfarces são: Falsa alegria; culpa; vergonha; depressão; inadequação; confusão; falso afeto; fobia; ansiedade; angústia; preocupação (CAS) e ódio; ressentimento; ciúme, inveja; desafio; desconfiança; indignação; infantil; ironia; cinismo; triunfo maligno (CAR).

O que causa cada emoção...

     Amor: Fome de contato, manter a espécie, ser validado. Produz Endorfina.
     Alegria: Conquistas, vitórias, instinto gregário (construir grupos). Produz endorfina.

     Medo: perigo, aciona nosso sistema de alarme,  ameaça contra a sobrevivência, território (situação) desconhecido (a). Produz adrenalina.

     Raiva: ameaça também a sobrevivência, perigo, invasão de território. Produz cortisol.

     Tristeza: perdas. Produz baixa de serotonina.

O que cada emoção gera no corpo e nas relações...

     Amor: Aproximação, contato físico.
     Alegria: Ativação física, movimentação, aproximação.
     Medo: Recolhimento, tremor, fuga e/ou paralisação.
     Raiva: Agressão, defesa e/ou ataque.
     Tristeza: Recolhimento, baixa ativação energética.

Atitudes saudáveis frente à manifestação da emoção de si ou do outro... (CL ou A)
            Amor: Conforto, aconchego, acolhimento, aceitação, compartilhação.

            Alegria: Permissão, aceitação, compartilhação.

            Medo: Acolhimento, amparo, aconchego, proteção. Atitude interna: serenidade.

            Raiva: Aceitação, adequação (limite) da expressão e atuação. Atitude interna: compaixão.

            Tristeza: Acolhimento, amparo, respeito, aconchego, suporte. Atitude interna: Coragem.

Para que se cria a emoção disfarce?

  As crianças desde a barriga da mãe já conhece todas as expectativas dos pais em relação a ela. Ex: será menina ou menino?; vai puxar mais a mãe ou o pai ?; vai ser médica ou artista?, etc.

  Sendo assim, a criança após o nascimento, de forma inconsciente cria os disfarces, para cumprir as expectativas dos outros ou para se defender do ambiente no qual vive, como forma de ser aceita.

  Se vier a manifestar as emoções tal qual ela sente, pode por vezes, ser rejeitada, ou menos amada. Aprende o que pode expressar e o que não pode, por meio da expressão não-verbal de seus familiares, ou pela repressão direta de determinadas emoções (normalmente as desagradáveis).

Selos Emocionais

  Berne: metáfora das figurinhas para serem colecionadas no álbum e trocadas quando completado o mesmo.

·        Selos são emoções guardadas na CAS ou na CAR, provindas das emoções autênticas, que vou acumulando e “amargando”, tornando-se sentimentos negativos que quando são expostos, já saem em forma de disfarces.

·        Como resultado posso ter uma atitude passiva, implodindo algum dia, ou ainda, atitudes agressivas, diante de vários selos guardados, que serão descarregados ao longo da vida.

Conseqüências dos selos para nossa vida

  Posso colecionar todo tipo de emoção ou ainda escolher uma determinada.

Posso completar vários álbuns ao longo da vida, se não aprender a devolver os selos e ficar ok com minhas relações.

  É importante ouvir o outro com atenção e não justificar ou racionalizar.

Como lidar com as emoções e devolver os selos que ficaram?

  É importante não implodir, nem explodir, muito menos desqualificar o selo, ir juntando com uma falsa compreensão e perdão.
·        Usar da assertividade para expor o selo: falar quando já estiver desafetado, tendo refletido sobre a situação, sabendo escolher a hora e o lugar.; ser específico sobre o acontecimento e o sentimento: “Quando você agiu assim, eu senti tal emoção...”

·        Se necessário escrever antes, ou falar com outra pessoas (terapeuta, amigo) para entender melhor o que se passou.

·        Reconhecer quando não é possível expor: meu chefe; o outro não quer ouvir; o outro não dá conta de ouvir.


Como posso receber o selo?

  Selo é como feedback oferecido para nosso crescimento, pois revela alguma negatividade nossa.

  É diferente a atitude de esclarecimento e justificativa.

  Quanto mais verdadeiro me torno em meus relacionamentos, menos selos preciso guardar.

  A relação autêntica ganha em honestidade e intimidade, quando elimino os selos.

Agora é com você:
  Pense e escreva numa folha o nome de três pessoas que você acredita que tenha guardado selos.

  Para cada pessoa identifique três possíveis selos, e suas emoções correspondentes (que você acredita que sente por x situação).

  Com a teoria lida avalie se é possível devolver pelo menos algum dos selos para qualquer uma destas pessoas que você escolheu com base na assertividade neste texto.

Contribuições teóricas:
   Berne, Eric. O que você diz depois de dizer olá?
  Pancinha, Jane Maria. Módulo de Educação Emocional, proposto por Claude Steiner.
  Montheiro, Adriana. Módulos sobre Emoções Autênticas e Disfarces.
  Sampaio, Simone. Maratona de Emoções.
Por Fabiana Vitorino (Palestra proferida para alunos do curso de Psicologia /UFU)