terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Viver o sofrimento


De acordo com Budda, a essência dos seus ensinamentos sobre “viver o sofrimento e aproveitar o que esse sinal quer dizer ou despertar” está em quatro verdades:

1.       A verdade do sofrimento – encarar seu sofrimento; saber que a dor física pode vir de um sofrimento mental; verificar qual é o sofrimento que você está tendo e aceitá-lo. Sofrimento significa uma tristeza, uma angustia, o desejo por alguém ou algum objeto, ou uma condição que não esteja presente.

2.       A verdade da causa do sofrimento – o desejo é visto como a raiz do sofrimento e não como a incapacidade de atingir o objeto dos nossos desejos.

3.       A verdade de como cessar o sofrimento – se a causa do sofrimento é desejar as coisas, resistir ao impulso de desejar o inatingível, esfriar o querer, gera paz, assim como passar a desejar algo que você pega aqui e agora.

4.       A verdade da vida livre de sofrimento – viver de uma maneira que valoriza o momento como ele é, livre de desejos e de sofrimentos. É o mais difícil de atingir, mas pare e pense. É simples: curtir cada minuto da sua vida integralmente, ver a beleza de cada momento, estar presente em cada coisa que acontece na sua vida; o passado ficou para trás, e o futuro ainda virá, mas o presente é seu, ele está com você.



Trecho retirado do livro: Sindrome do Panico de Sofia Bauer

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Afirmações diárias / Amor e romance


Escolha uma ou mais afirmações e escreva-as 10 ou 20 vezes por dia. Leia-as em voz alta com entusiasmo. Faça uma canção com suas afirmações e cante-a com alegria. Deixe sua mente pensar nelas o dia inteiro. Afirmações usadas com constância tornam-se crenças e sempre produzirão resultados, às vezes de maneiras que nem podemos imaginar.



·         De vez em quando, pergunto àqueles que amo: “como posso amar você ainda mais?”

·         Escolho olhar o mundo e os outros com olhos de amor. Amo o que vejo.

·         O amor acontece! Eu me liberto da necessidade desesperada de encontrar um amor e me abro para que ele me encontre no momento certo.

·         O amor está em cada esquina e a alegria está presente em todo o meu mundo.

·         Vim ao mundo para aprender a me amar mais e para compartilhar esse amor com os que me cercam.

·         Meu companheiro é o amor da minha vida. Nós nos adoramos.

·         A vida é muito simples. Recebo de volta aquilo que dou. Hoje eu escolho dar amor.

·         Eu me alegro com o amor que encontro todos os dias.

·         Sinto-me bem ao me olhar no espelho, dizendo: “amo você, amo de verdade.”

·         Mereço amor, romance, alegria e tudo de bom que a vida tem a me oferecer, agora.

·         O amor é poderoso – o seu e o meu. O amor traz paz à terra.

·         O amor é a melhor coisa que existe!

·         Estou rodeado de amor. Está tudo bem em minha vida.

·         Atraio amor e romance para a minha vida e os recebo agora.

·         Meu coração está aberto. Falo usando palavras amorosas.

·         Tenho um parceiro maravilhoso e ambos estamos felizes e em paz.

·         Bem no centro do meu ser há uma infinita fonte de amor.

·         Tenho um relacionamento alegre e profundo com uma pessoa que me ama de verdade.

·         Meu coração está cheio de amor e sei que o amor abre todas as portas.

·         Sou uma pessoa bonita e todos me amam. O amor me acolhe aonde quer que eu vá.

·         Estou em segurança em todos os meus relacionamentos; dou e recebo muito amor.

·         Só atraio relacionamentos saudáveis. Sempre me tratam bem.

·         Agradeço por todo o amor que há em minha vida. Eu encontro amor em toda parte.

·         Relacionamentos sólidos e amorosos iluminam minha vida.



Livro: O poder das afirmações positivas – Louise Hay


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Relacionamentos / Romance


As relações pessoais costumam ser a prioridade da maioria das pessoas. Infelizmente, perseguir o amor nem sempre atrai o companheiro certo, porque nossas razões para desejar o amor podem não estar claras. Pensamos: “há, se eu tivesse o amor de alguém, minha vida seria bem melhor.” Não é assim que funciona.

Existe uma enorme diferença entre a necessidade de amor e estar carente de amor. Estar carente de amor significa que você não tem o amor e aprovação da pessoa mais importante que existe: você mesmo. Quando isso acontece, podemos acabar nos envolvendo em relacionamentos insatisfatórios para ambas as partes.

Você nunca criará amor em sua vida falando ou pensando que está só. Sentir-se só e carente afasta os outros. Também não é possível consertar um relacionamento falando ou pensando em como ele é horrível. Isso desvia a atenção para o lugar errado. Desloque seu pensamento do problema que está enfrentando e crie novos pensamentos capazes de produzir uma solução. Concentrar-se em seus problemas e limitações é uma forma de dizer: “não sou bom o bastante para ter o que estou pedindo.”

O primeiro relacionamento que deve melhorar é o que temos com nós mesmos. Quando você está feliz consigo mesmo, todos os outros relacionamentos melhoram. Uma pessoa feliz é muito atraente. Se está à procura de mais amor, precisa se amar mais. Isto significa não se criticar, parar com reclamações, acusações ou lamentações, e não escolher sentir-se só. Significa achar razoes – sempre existem – para ficar contente com você mesmo no momento presente e escolher ter pensamentos que o façam sentir-se bem agora.

Não existe um único modo de vice o amor, pois cada um o experimenta de formas diferentes. Para alguns, para sentir amor é necessário ser abraçado ou tocado. Outros precisam ouvir as palavras “eu te amo” ou ver a demonstração de amor na forma de presentes ou flores.

Por isso sugiro que você use todas essas forma para desenvolver o amor por si mesmo. Demonstre este amor tocando-se e massageando-se com óleos aromáticos. Coloque no som as musicas de que gosta e dance sozinho, crie o ambiente mais bonito em seu quarto e em sua casa. Presenteie-se com livros ou qualquer coisa que lhe dê prazer. Mostre a si mesmo o quanto é especial: mime-se. Cerque-se de flores, texturas e perfumes agradáveis, vista-se bem, enfeite-se. A vida sempre nos devolve amor e romance internamente, você estará criando condições para atrair a pessoa certa.

Se quer mudar seus pensamentos de solidão para os de realização, preste atenção para não alimentar pensamentos negativos sobre o amor e o relacionamento romântico. Quando se surpreender com esses pensamentos, substitua-os imediatamente por afirmações de amor partilhando, aprovação e aceitação. Crie uma atmosfera mental amorosa dentro de você e a sua volta.

À medida quer for conseguindo se amar mais, você era deixando de ser uma pessoa tão carente e dependente. Se realmente amar quem é, conseguirá manter sua calma e segurança, e seus relacionamentos em casa e no trabalho ficarão maravilhosos. Você se surpreenderá reagindo a varias situações e pessoas de maneiras diferentes das antigas. Assuntos que antes seriam desesperadamente importantes deixarão de parecer tão cruciais. Novas pessoas entrarão sem sua vida, e talvez algumas que já existam desapareçam. Isto pode ser assustador no começo, mas você ira descobrir como essa mudança é fascinante, re vigorante e emocionante.

Comece então a criar espaços para conviver com outras pessoas. Ninguém vai bater à sua porta. Uma boa maneira de conhecer gente nova é freqüentando cursos de qualquer coisa que lhe agrade, desde assuntos acadêmicos ate aulas de dança. Isso possibilitará que você conheça pessoas com a mesma forma de pensar ou envolvidas com os mesmo interesses que os seus. É impressionante a rapidez com que se pode fazer novos amigos. Esteja aberto e receptivo, e o Universo retribuirá lhe trazendo muitos benefícios.

Lembre-se: se tiver pensamentos alegres, será uma pessoa feliz. E então muitos desejarão estar com você, e todos os seus relacionamentos atuais irão melhorar.



Trecho retirado do livro: O poder das afirmações positivas – Louise Hay

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Tome uma atitude ARROJADA


Nem sempre a razão conhece o caminho correto para a ação. Há momentos em que só saberemos como agir após termos dado um primeiro passo em direção ao desconhecido. Quando percebemos que a nossa Alma, de algum lugar mais abrangente, consegue ver o mapa de todo o território da nossa vida, deixamos de lado os excessos de intelectualização e a necessidade de estar sempre no controle; desse modo, nos sentimos mais confiantes e seguros para seguir adiante. Os espíritos pioneiros saber o verdadeiro valor de tomar atitudes arrojadas.

Sugestões práticas para uma atitude arrojada:

·         Faça alguma coisa que lhe pareça “arrojada” (isso, de modo algum, quer dizer pôr em risco a sua integridade física). Não tenha medo de caminhar em direção ao desconhecido.

·         Peça a alguém que lhe faça um carinho, ou qualuqer coisa que você normalmente não teria coragem de pedir. (Corra o risco de desapegar-se de resultados).

·         Dê o primeiro passo para restabelecer a comunicação positiva e amorosa num relacionamento.

·         Arrisque-se a sorrir ou a chorar na hora certa.





Retirado do Livro: “O livro das Atitudes”

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Assertividade

Assertividade
Por Psi. Veruska Santos e Prof. Dra. Mônica Portella


Assertividade é a capacidade de expor de maneira objetiva, clara e direta o que se pensa, sente ou quer sem ser passivo tampouco agressivo. Envolve auto-respeito e respeito pelos outros. É você exercer os seus direitos sem violar os direitos dos outros, se colocando, sem ser agressivo e sem ser passivo. Dizer sim quando quer dizer sim, dizer não quando quer dizer não, solicitar mudança de comportamento são exemplos de comportamentos assertivos que muitas pessoas tem dificuldade em executar.  
          A assertividade refere-se a um continuum que vai do comportamento passivo passando pelo comportamento assertivo, até chegar ao comportamento agressivo.
          A pessoa agressiva, geralmente, consegue aquilo que quer. Ela é direta, incisiva, usa um tom de voz alto, utiliza o dedo em riste. Muitas vezes faz ameaças, possui um volume alto onde nem sempre dá pra entender o que é dito. O fato é que, na maioria das vezes, o agressivo consegue sua meta, no entanto, a longo prazo, a agressividade tem um custo alto. Para Caballo (2008), Smith (1997), Alberti e Emmons (2008), a raiva tem um efeito muito negativo na clareza e eficácia da comunicação com as outras pessoas. Elas prestam mais atenção à raiva e menos ao que está se tentando comunicar. O agressivo desrespeita os direitos individuais dos demais e faz com que o outro se sinta magoado, indefeso e humilhado. Sua atitude gera ressentimento e frustração, sentimentos que mais tarde poderão retornar como vingança.
          No comportamento passivo, a pessoa vai sempre ceder e fazer tudo que os outros querem porque o que o passivo menos se importa é com ele. Então é fácil lidar com pessoas passivas. O tom de voz é baixo, volume bem baixinho, às vezes inaudível, não encara o interlocutor, olha para baixo, expressão de medo, de tristeza, quase não gesticula, esfrega as mãos demonstrando ansiedade. Estudos mostram que sintomas físicos como dor de cabeça, cansaço geral, problemas estomacais, alergias e asma estão associados ao comportamento não assertivo.
          No comportamento assertivo, nem sempre a pessoa consegue aquilo que quer. Às vezes é mais fácil conseguir o que se quer pela intimidação por comportamento agressivo do que pelo assertivo, no entanto, o assertivo defende suas posições sem ansiedade, expressa seus sentimentos de maneira honesta e tranqüila. O assertivo exerce seus direitos sem negar os dos outros, vai direto ao ponto, usa um tom de voz equilibrado, olha diretamente nos olhos, a velocidade da fala é tranqüila, a expressão da face é relaxada, porém séria.
          Ninguém é 100% assertivo com todas as pessoas e em todas as situações. O certo não é ser assertivo sempre. Uma pessoa competente socialmente é capaz de transitar por todo o continuum. Dependendo do objetivo da pessoa, de com quem ela está lidando vai adotar um comportamento ou outro. O comportamento assertivo é específico da pessoa e da situação, não é universal. Numa situação onde a pessoa está sendo assaltada, por exemplo, se a pessoa agir assertivamente ela provavelmente irá argumentar com o ladrão porque ele não deve levar a sua carteira. Nessa situação, ser assertivo não é sinônimo de competência social, muito pelo contrário, ser assertivo nesse momento é burrice, o comportamento adaptativo socialmente falando, nesse caso é ser passivo e entregar a carteira sem argumentações.
          Um exemplo onde o adaptativo socialmente é ser agressivo é quando você precisa de alguma documentação e já compareceu à instituição diversas vezes com o protocolo e nada acontece. Nessa situação, você não tem um vínculo com aquela pessoa, provavelmente nunca mais vai vê-la, não está nem um pouco preocupado com o que vão pensar e apenas quer seu documento. Muitas vezes, nessa situação, o adaptativo é ser agressivo fazendo um escândalo e tendo um ataque de nervos e, provavelmente, rapidamente irão resolver o seu problema.
          Como vimos nos exemplos acima, existem situações onde o adaptativo é ser passivo e outras onde o adaptativo é ser agressivo isso dependerá da situação, do contexto e do seu objetivo numa determinada situação. E qual o comportamento mais adequado em cada situação? Isso vai depender 1º da relação interpessoal que estamos vivendo e 2º das nossas crenças e objetivos no que se refere à situação. Ser assertivo ou não, é um sinal de inteligência e de competência social, mas, às vezes, ser assertivo não é a coisa mais correta a se fazer.
          Comportar-se assertivamente nem sempre é fácil e muitas vezes precisa de treinamento, principalmente se estivermos envolvidos emocionalmente. É relativamente fácil agir assertivamente com pessoas que não conhecemos e que provavelmente não iremos mais travar relações. Mas, se a pessoa em questão é do nosso círculo de relação e mais ainda quando é íntima, fica mais difícil comportar-se assertivamente. Os grandes vilões da assertividade são o medo e a culpa. Quando lidamos com esses estados emocionais dificilmente conseguimos desempenhar comportamentos assertivos. Geralmente temos dificuldade em dizer não, recusar pedidos nas relações íntimas porque, na maioria das vezes, estados emocionais como o medo ou a culpa estão envolvidos. Como exemplo descreveremos comportamentos de duas mães para fazerem seus filhos comerem. A primeira diz para o filho comer: ”Come, senão TE mato” (manipulação pelo medo), já a segunda argumenta para o filho comer: ”Come, senão ME mato” (manipulação pela culpa). Em ambos, os casos os filhos acabam agindo passivamente e comendo.
          Como avaliamos nossa assertividade? O quanto somos assertivos? Em que situações e com quem? Perceber as reações dos outros nos dão dicas valiosas, mas o cerne da questão está em observarmos o nosso comportamento. Estamos satisfeitos nas nossas relações interpessoais? Colocamo-nos numa relação de igualdade para com os demais, nos respeitando e honrando nossos valores e quem nós realmente somos?   
O comportamento assertivo se subdivide em categorias e envolve:
Fazer pedidos: Inclui pedir favores e pedir ajuda. Os pedidos devem ser claros, diretos, objetivos e não precisam de justificativas ou pretextos.
Pedir mudança de comportamento: Deve incluir a descrição do comportamento que queremos suprimir, e a especificação da mudança desejada.
Recusar pedidos: Não devemos justificar ou dar pretextos para a negativa e precisamos ser persistentes na resposta.
Dizer não: Dizer “não” quando desejar e não se sentir culpado por fazê-lo com firmeza e usando a persistência.
Expressar amor, agrado e afeto: Expressar amor, agrado e afeto de maneira adequada fortalece e aprofunda as relações.
Expressar incômodo, desagrado e desgosto de modo justificado: Expressar e especificar o incômodo para o outro e, se possível, assinalar consequências positivas para que motive a mudança.
Fazer críticas: A crítica deve ser feita ao comportamento e não à pessoa, devemos falar do comportamento que não gostamos e não do que pensamos da pessoa que executa aquele comportamento.
Receber críticas: O comportamento desejável seria deixar a crítica seguir até o fim para que expressemos o que desejamos, quer seja para nos justificarmos, quer seja para pedirmos mais informações.
          Para cada categoria existem propostas de técnicas comportamentais para o treinamento das mesmas que, resumidamente, elencamos a seguir:
  1. Disco Rachado ou Disco Quebrado
    Consiste na repetição contínua do seu ponto de vista com um tom de voz moderado, calmamente, sem responder à argumentação do interlocutor. Essa técnica pode ser usada para recusarmos pedidos.
  2. Nevoeiro
    Nessa técnica, refletimos ou parafraseamos o que a outra pessoa acaba de dizer no todo ou em parte, mas permanecemos imóveis em nossa posição. Colocamos que o interlocutor pode até ter razão, mas não admitimos que tenha de fato razão e continuamos com nosso próprio juízo. Essa técnica pode ser usada para recusar pedidos e para receber críticas.
  3. Acordo Viável
    Essa técnica consiste em propor um acordo que contemple as duas partes envolvidas na conversação. Mas nem sempre é possível se chegar a um acordo porque nem tudo é negociável. Em situações em que o auto-respeito está em jogo ou que os valores sejam violados, não há negociação. Essa técnica pode ser usada para recusar pedidos ou chegarmos a um consenso do que podemos fazer diante de um pedido.
  4. Técnica do Sanduíche
    Essa técnica consiste em apresentar uma expressão positiva antes e depois de uma expressão negativa, para suavizar a expressão negativa (crítica) e para aumentar a probabilidade de que o receptor escute claramente a crítica. Elogiamos; fazemos crítica e depois elogiamos de novo. Essa técnica é usada para fazermos críticas.
  5. Técnica do Cheeseburguer
    A técnica do Cheeseburguer é a junção da técnica do sanduíche com o pedido da mudança de comportamento. Nela primeiro nós elogiamos, depois criticamos,pedimos a mudança de comportamento colocando exatamente o que queremos que a pessoa faça e, no final, elogiamos novamente.
  6. Questionamento Negativo
    Nessa técnica interrompemos o ciclo do crítico provocando mais críticas a nosso respeito e pedindo maiores informações sobre o que está sendo criticado. Essa técnica é muito interessante para distinguirmos críticas construtivas das destrutivas. É usada para recebermos críticas.
  7. Modelos de Pedido de Mudança de Comportamento
    O TRAP (Problema, Resultado, Alternativa, Resultado Final - em inglês: Trouble, Result,Alternative, Payoff) e o DESC (Descrever, Expressar, eSpecificar e Consequências) representam dois modelos de pedido de mudança de comportamento. No TRAP, o conceito central é especificar em termos concretos o comportamento que deseja mudar, as consequências, as alternativas e o resultado final com ganhos. No DESC, os passos são: Descrever o comportamento, Expressar o incômodo, eSpecificar a mudança desejada e assinalar as Consequências positivas.São técnicas utilizadas para expressar desagrado ou incômodo de modo justificado ou para pedido de mudança de comportamento.
    Em suma, a assertividade é uma habilidade social e como toda habilidade social precisa ser praticada. Sem prática e exercícios não há aquisição de assertividade. Exatamente por isso, os trabalhos para desenvolver assertividade priorizam o aspecto comportamental. No entanto, vale lembrar que os aspectos cognitivo e emocional precisam ser trabalhados para que a aquisição seja plena.A assertividade é uma habilidade fundamental para o crescimento e desenvolvimento pessoal porque, quando somos assertivos dizendo e fazendo o que queremos, além de dirigirmos nossas vidas, ganhamos tempo e energia para nos dedicarmos às coisas que realmente importam para nós. Um desempenho social assertivo gera autoconfiança e motivação para potencializar forças pessoais que promoverão bem estar e maior qualidade de vida.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ESCUTATÓRIA

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:
"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".

Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.
(Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.).

Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.
Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".

Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.


Rubem Alves

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Escuta profunda

Quando peço para me escutar e você começa a me dar conselhos, não está fazendo o que pedi.
Quando peço para me escutar e você começa a me dizer por que não devo me sentir assim, está menosprezando meus sentimentos.
Quando peço para me escutar e você acha que tem de fazer alguma coisa para resolver meu problema, está se omitindo, por mais estranho que pareça.
Escute! Tudo o que pedi foi que escutasse!
Não falar ou fazer – apenas me escutar.
Eu mesmo posso fazer isso.
Não sou impotente – talvez desanimado e hesitante, mas não impotente.
E quando você aceitar como um fato simples que eu sinto que sinto, mesmo que irracional, posso deixar de tentar convencê-lo e começar a tentar entender o que há por trás desse sentimento irracional.
Quando ficar claro, as respostas serão obvias e não precisarei de conselhos.
Os sentimentos irracionais fazem sentido quando compreendemos o que há por trás.
Talvez seja por isso que a contemplação funciona, às vezes, para algumas pessoas – porque o Divino é mudo, não dá conselhos, nem tenta consertar tudo.
Apenas escuta e deixa que você resolva por si mesmo.
Então, por favor, escute e só me ouça.
E se você quiser falar, espere a sua vez, e eu escutarei.
Talvez se sentarmos e escutarmos um ao outro, seremos capazes de resolver problemas ainda maiores do que os nossos – talvez possamos ouvir a voz mudo do Divino.
Anônimo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Você é livre

Nada ou ninguém pode impedir você de sofrer tudo o que quiser.
Perceba que nem mesmo muito dinheiro pode impedir você de se sentir pobre.
Nenhum grande amor pode impedir você de se sentir mal amado.
Nem muitos amigos podem impedir você de se sentir solitário.
Nem mesmo o sucesso pode impedir você de se sentir um fracasso.
Porque você é livre!
Você só vai parar de sofrer quando você quiser.

Perceba que é sua a opção pelo sofrimento.
Algumas pessoas decidem estar no mundo para viver; outras para sofrer.
E pensam que é seu destino sofrer. Isso é uma ilusão.
Só quando decidir é que você vai parar de sofrer.
Porque você é livre!
(Roberto Shinyashiki)