O Estresse se tornou uma das principais
áreas de preocupações das sociedades modernas, pois é, atualmente, um dos
maiores responsáveis pela diminuição da qualidade de vida dos seres humanos. E por
isso, é considerado um grande problema social e também de saúde publica.
Stresse
é uma expressão da língua inglesa que significa pressão; essa palavra provém do
verbo latim stringo, stringere, strinxi, strictum que tem como
significado apertar, omprimir, restringir. Com o decorrer do tempo, a palavra
Stresse passou a significar também as pressões que incidem sobre um órgão
corporal ou sobre a mente humana.
O
estresse não é, a principio, uma doença; é uma resposta não específica do corpo
e, ou da mente a qualquer estímulo ou exigência externa sobre a pessoa, e pode
comprometer seriamente a saúde se chegar numa alto nível de intensidade.
O
estresse não está nem na pessoa e nem na situação, mas na interação entre a
pessoa e a situação (como a pessoa reage a situação, e o que a situação provoca
na pessoa).
Diversas
características pessoais podem influenciar a experiência de estresse de cada um:
o locus de controle, a afetividade negativa, a auto-estima. Portanto, a
percepção de stress é subjetiva, ou seja, o mesmo estressor pode ser percebido de forma e intensidade
diferente por pessoas diferentes.
Os principais sintomas físicos do estresse envolvem
cansaço, falha de memória, dores de cabeça, dores nas costas, dificuldade para
dormir, queda de cabelo, gastrite, problemas intestinais, sintomas
cardiovasculares, e outros.
Os
sintomas psicológicos mais frequentes resultantes do estresse são a baixa satisfação
e baixo envolvimento com o trabalho, tensão, ansiedade, depressão, frustração,
irritabilidade e burnout (esgotamento).
Entre
os sintomas comportamentais estão o menor desempenho, aumento da taxa de
acidentes de trabalho e de erro, maior consumo de álcool e drogas no trabalho,
comportamentos agressivos ou comportamentos de fuga, como o aumento de
absentismo e greves. A nível mais pessoal pode levar a comportamentos
prejudiciais para a saúde, como tabagismo e consumo de cafeína.
Diante de todos esses sintomas, o
estresse gera consequências na vida pessoal, nos relacionamentos sociais, e na
vida profissional, tanto para os profissionais em si, quanto para as
organizações.
Alguns
autores nomearam o conjunto de perturbações psicológicas ou sofrimento psíquico
associado às experiências de trabalho como “estresse ocupacional” ou “bornout”.
O Burnout está associado especificamente ao mundo do trabalho e ocorre
pela cronificação de um processo de estresse; diante desse quadro o
profissional desenvolve o que chamamos de despersonalização, isto é, ele passa
a ter um contato frio e impessoal, até mesmo cínico e irônico com as pessoas
receptotas de seu trabalho.
No Brasil, a lei nº 3048/99 reconhece a Sindrome de Esgotamento
Profissional como doença de trabalho, síndrome esta entendida como sensação de
estar “acabado”.
Existem
dois grandes tipos de causas de estresse no trabalho:
-
Variáveis sociais: como o crescimento, a instabilidade econômica, ou a taxa de
desemprego;
-
Características organizacionais: como a dimensão da organização, a tecnologia,
o nível de hierarquia, o grupo ocupacional a que se pertence; as
características da tarefa, o estilo de liderança, as relações de trabalho, a estrutura,
o clima organizacional e as condições físicas de trabalho.
As
consequências para as organizações do estresse provêm das consequências
individuais, uma vez que as organizações são compostas por pessoas, causando um
significativo aumento de custos, sejam eles diretos ou indiretos.
Nos
custos diretos estão os decorrentes aumento do absentismo (ausências dos trabalhadores no processo de trabalho),
da taxa de rotatividade, da quebra de performance dos trabalhadores, do aumento
do número de acidentes de trabalho e de erros de produção. Os custos de saúde e
o pagamento de indemnizações e as compensações por lesões relacionadas com o
estresse.
Os
custos indiretos estão associados à diminuição da motivação dos funcionários,
no moral e na satisfação no trabalho, à degradação das relações de trabalho, a
falhas na comunicação e a erros na tomada de decisão.
Existem
também os estressores extraorganizacionais, que são os acontecimentos da vida
cotidiana, que são importantes fontes de pressão. E é importante considerar que
os fatores organizacionais e os extra-organizacionais se interpenetram, se
misturam. Os problemas do quotidiano fora do trabalho não ficam fora da
organização, e os problemas de trabalho em si, não ficam apenas no âmbito da
organização.
“Dados internacionais revelam que 60% a 70% da
população mundial sofrem algum nível de estresse justamente por não saberem
como se defender da coleção de pequenos imprevistos, exigências, expectativas e
frustrações que brotam cotidianamente.”
“Em uma pesquisa com 1000 executivos, 70% que
manifestaram sintomas de estresse, 30% estavam no nível Maximo de desgaste, o
chamado burnout (ou síndrome de esgotamento profissional). O trabalho é a
queixa de 70% das pessoas com estresse elevado. Questões pessoais e familiares
são responsável por apenas 31%.”
Assim, considerando que o estresse faz parte da vida, do dia a dia, o
que fazer para lidar com ele? Como manter, ou melhorar, a qualidade de vida no
dia a dia, e no trabalho? O que fazer para combater o estresse para viver uma
vida mais harmoniosa no trabalho, nas relações e no dia a dia?
1.
Autoconhecimento – Identificar o que nos tira do serio, saber o que
nos deixa irritados e impor um limite é a primeira estratégia antiestresse.
2.
Recupere a energia – durante o dia são necessários pequenos
intervalos para a recuperação da energia. Encontre o seu ritual de recuperação,
tirar
um cochilo de 15 minutos após o almoço, sair do local de trabalho, etc.
3.
Aceite a realidade do que não pode mudar – existem coisas que não se pode mudar, aceite-as,
e mude seu modo de encarar esses fatos.
4.
Massagem nos pés - Faça um escalda-pés em casa, mergulhe
os pés em um recipiente fundo com 2 litros de água quente (ferva a água e deixe
a temperatura esfriar até ficar agradável) e pingue óleos essenciais de
mangerona e de lavanda (15 gotas de cada um). Se puder, acrescente bolinhas de
gude ao recipiente, pressionando a planta dos pés sobre elas. O aroma, indutor
do sono, a água que relaxa a musculatura, e a massagem são um excelente aliado
do descanso.
5.
Ouça musicas – ouça musicas de
qualquer tipo e estilo, o que importa é deixar a alma feliz. Qual a música que
lhe faz bem? Ligue o som e aproveite.
6.
Faça algo divertido – Mantenha um hobby que
lhe dê prazer. O prazer é fundamental para nos desligarmos das ocupações e
preocupações.
7.
Exercício físico - qualquer tipo de
atividade é válida desde que você se sinta bem e pratique por 30 minutos, cinco
vezes por semana ou ainda uma hora, três vezes por semana.
8.
Aproveite
dos aromas - Pingue 15 gotas em um aromatizador ou em um
recipiente contendo 1 litro de água quente. Antes de deitar, pingue três gotas
de lavanda numa bolinha de algodão e a coloque entre a fronha e o travesseiro.
Existem aromas que estimulam a produção de neurotransmissores ligados ao
bem-estar.
9.
Mude o seu modo de pensar - Troque o pensamento negativo por afirmações
positivas. O pensamento negativo e defensivo (“Não suporto esse emprego”, “não
ganho o suficiente”) não ajudará a resolver nenhum problema, ao contrario
tornará a sua vida mais difícil.
Referencias bibliográficas:
Ame-se e cure sua vida – Louise L. Hay
Mente, corpo e alma em equilíbrio. O estresse é um coadjuvante da vida.
Não dá para expulsá-lo. Revista Vida Simples.
Postado por: Tatiane Medeiros Cunha
Postado por: Tatiane Medeiros Cunha