terça-feira, 31 de julho de 2012

Vende-se Tudo



No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.
Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu. No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.
Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo..
Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.
Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.
Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza:
"só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir,"
é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!
Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza ou plenitude.
São as dádivas especiais que não tem preço, as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a nossa fé e Paz de espírito.

 
 Texto de Martha Medeiros
 
 Postado por Fabiana Cândida Vitorino
 

domingo, 29 de julho de 2012

A importância de fechar a boca e abrir os braços



Uma amiga ligou com notícias perturbadoras: a filha solteira estava grávida. Relatou a cena terrível ocorrida no momento em que a filha finalmente contou a ela e ao marido. Houve acusações e recriminações, variações sobre o tema "Como pôde fazer isso conosco?"

Meu coração doeu por todos: pelos pais que se sentiam perplexos e pela filha que se envolveu numa situação complicada. Será que eu poderia ajudar, servir de ponte entre as duas partes? Fiquei tão arrasada com a situação que fiz o que faço – com alguma frequência – quando não consigo pensar com clareza: liguei para minha mãe. Ela me lembrou de algo que sempre a ouvi dizer.

Imediatamente, digitei um e-mail para minha amiga, compartilhando o conselho de minha mãe: "Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços". Tentei seguir esse conselho na criação de meus filhos. Tendo tido cinco em seis anos, é claro que nem sempre conseguia. Tenho uma boca enorme e uma paciência minúscula.

Lembro-me de quando Kim, a mais velha, estava com quatro anos e derrubou o abajur de seu quarto. Depois de me certificar de que ela não estava machucada, me lancei numa invectiva sobre aquele abajur ser uma antiguidade, sobre estar em nossa família há três gerações, sobre ela precisar ter mais cuidado e como aquilo podia ter sido evitado – e só então percebi o pavor estampado em seu rosto. Os olhos estavam arregalados, o lábio tremia.

Então me lembrei das palavras de minha mãe. Parei no meio da frase e abri os braços. Kim correu para eles dizendo: – Desculpa... Desculpa – repetia, entre soluços. Nos sentamos em sua cama, abraçadas, nos embalando. Eu me sentia péssima por tê-la assustado e por fazê-la crer, até mesmo por um segundo, que aquele abajur era mais valioso para mim do que ela.

– Eu também sinto muito, Kim – disse quando ela se acalmou o bastante para conseguir me ouvir. Gente é mais importante do que abajures. Ainda bem que você não se cortou. Felizmente, ela me perdoou.

O incidente do abajur não deixou marcas perenes. Mas o episódio me ensinou que é melhor segurar a língua do que tentar voltar atrás após um momento de fúria, medo, desapontamento ou frustração.

Quando meus filhos eram adolescentes – todos os cinco ao mesmo tempo – me deram inúmeros outros motivos para colocar a sabedoria de minha mãe em prática: problemas com amigos, o desejo de ser popular, a falta de par para ir ao baile da escola, multas de trânsito, experimentos de ciência malsucedidos e ficar em recuperação.

Confesso que seguir o conselho de minha mãe não era a primeira coisa que me passava pela cabeça quando um professor ou diretor telefonava da escola. Depois de ir buscar o infrator da vez, a conversa do carro era, por vezes, ruidosa e unilateral.

Entretanto, nas ocasiões em que me lembrava da técnica de mamãe, eu não precisava voltar atrás no meu mordaz sarcasmo, me desculpar por suposições errôneas ou suspender castigos muito pouco razoáveis.

É impressionante como a gente acaba sabendo muito mais da história e da motivação atrás dela, quando está abraçando uma criança, mesmo uma criança num corpo adulto.

Quando eu segurava a língua, acabava ouvindo meus filhos falarem de seus medos, de sua raiva, de culpas e arrependimentos. Não ficavam na defensiva porque eu não os estava acusando de coisa alguma. Podiam admitir que estavam errados sabendo, contudo, que eram amados. Dava para trabalhar com "o que você acha que devemos fazer agora", em vez de ficarmos presos a "como foi que a gente veio parar aqui?"

Meus filhos hoje estão crescidos, a maioria já constituiu a própria família. Um deles veio me ver há alguns meses e disse "Mãe, cometi uma idiotice...".  Depois de um abraço, nos sentamos à mesa da cozinha.

 Escutei e me limitei a assentir com a cabeça durante quase uma hora enquanto aquela criança maravilhosa passava o seu problema por uma peneira... Quando nos levantamos, recebi um abraço de urso que quase esmagou os meus pulmões.

– Obrigado, mãe! Sabia que você me ajudaria a resolver isto.
                                                                                                                                           
É incrível como pareço inteligente quando fecho a boca e abro os braços.
 
Texto de Autoria desconhecida.

Postado por Fabiana Cândida Vitorino

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Por que as pessoas entram na sua vida?

Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".

Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.

Pare aqui e simplesmente SORRIA.

"Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance como
se ninguém estivesse te observando."

"O maior risco da vida é não fazer NADA."

Postado por Tatiane Medeiros

terça-feira, 24 de julho de 2012

A DESPEDIDA DO AMOR

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
Martha Medeiros

Postado por Tatiane Medeiros

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tome uma atitude TELEPÁTICA

A atitude telepática nos insere na dimensão da verdadeira comunicação. Se nos sincronizarmos com essa atitude hoje, por certo iremos nos conscientizar da importância de saber escutar. A verdadeira comunicação se dá quando sabemos escutar a voz da alma no silencio da nossa consciência. É provável que o convite hoje seja mais para ficar na escuta do que no discurso. Se assim procedermos, teremos a chance de canalizar a palavra correta na hora e lugar apropriados.

Sugestões praticas para uma atitude Telepática:
·         Siga os impulsos telepáticos que lhe chegam a mente. Preste atenção aos pensamentos e imagens luminosas que chegam com a qualidade luminosa do entendimento. Irradie-os.
·         Visualize imagens criativas e qualitativas em áreas do Planeta que necessitam de cura e elevação espiritual.
·         Abra os ouvidos ao coração. Saber escutá-lo é uma arte que nos leva a comunicar o melhor em nós mesmos.
·         Use bem a dádiva do telefone. Veja se você está mantendo as conversas telefônicas no padrão de tempo e qualidade que você escolheu.


Retirado do Livro: “O livro das Atitudes”
Postado por Tatiane Medeiros

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O desenvolvimento psicológico da criança do nascimento aos 8-10 meses de idade

O desenvolvimento psicológico da criança do nascimento aos 8-10 meses de idade –
Aprendendo a confiar (fase da ligação)

O primeiro estágio do crescimento psicológico fora do corpo da mamãe é chamado ligação. O impulso principal do bebê neste período é o de ligar-se a outros seres humanos, isto é, o de estabelecer intimidade psicológica. Durante os primeiros meses de vida, a personalidade do bebê se funde com a das pessoas encarregadas de satisfazer as suas necessidades. Essa relação é chamada de simbiose.
Em biologia o termo simbiose refere-se à relação entre dois organismos que vivem juntos em união estreita. Cada um dos organismos precisa do outro para completar certos aspectos de seu ciclo vital. A simbiose se refere a uma união mutuamente benéfica, e não uma relação parasitária.
Na relação simbiótica, os bebês fazem sua primeira aprendizagem da confiança básica. Desenvolvem confiança em si próprio; aprendem que podem enfrentar determinadas situações e a responder de maneira efetiva.
O bebê também aprende a confiar em seu ambiente, sabendo que receberá dele a resposta adequada. Os adultos, por sua vez, aprendem a identificar as necessidades do bebê de maneira mais precisa.
Em algumas famílias, mais de uma pessoa entra em simbiose com o bebê.
Desde o inicio, os bebês mostram diariamente novos aspectos de sua personalidade. As crianças distinguem a luz da escuridão e percebem varias formas de desenhos muito cedo. Com poucas semanas, voltam à cabeça para seguir objetos brilhantes com os olhos. Embora não possam pensar para resolver problemas, elas recolhem dados ativamente e aprendem uma boa quantidade de coisas.
Durante essa primeira fase de rápido desenvolvimento interno e externo, as crianças necessitam de pais que respondam adequadamente as suas necessidades de alimento, ar, caricias e proteção contra estímulos externos muito intensos ou dolorosos.
Os bebês precisam tornar-se cada vez mais conscientes de suas necessidades, fazer alguma coisa para que sejam satisfeita, e ser recompensados por seus esforços. Todas as vezes que são bem sucedidos, eles aprendem a ser ativos e a aumentar sua competência.
Devemos evitar tanto o extremo da superproteção quanto o da negligência.
A superproteção ensina a passividade e a convicção de que as pessoas são capazes de ler o pensamento de seus semelhantes: “a mamãe percebia, por que você não?” “se você me amasse, saberia do que preciso.” Se nós, pais, identificamos as necessidades de nossos filhos antes que comecem a sentir o desconforto que as acompanham, estaremos interferindo com a sua aprendizagem de como entrar em contato com suas necessidades e aprender a pedir.
A negligencia também ensina a passividade e a crença de que não se pode confiar nas pessoas. A maneira mais extrema de não responder é não ouvir os sinais de aflição do bebê. Essa atitude ensina ao bebê que “minhas necessidades não contam. Não há nada que eu possa fazer para que minhas necessidades sejam satisfeitas”.
Quando os pais assumem uma posição passiva, do tipo “não há nada que eu possa fazer por essa criança”, o bebê capta a mensagem de que a mamãe e papai não podem suportar o seu choro, e com isso renunciará ao comportamento (de chorar) e desconsiderará suas necessidades pessoais para satisfazer outras mais vitais, como manter a única fonte de alimento e de caricias de que dispõe (mamãe e papai). Nessas circunstancia, o bebê aprende a cumprir injunções do tipo “não sinta”, “não chore” e “não dê atenção às suas necessidades”.
As necessidades humanas básicas incluem ar, alimento, agua e caricias. Crianças pequenas necessitam de caricias positivas incondicionais.
As maneiras como os bebês são criados têm influencia sobre suas percepções de si próprios e do tipo de caricias que reconhecem como familiares, confortáveis, aceitáveis, etc. Bebês que são acariciados por uma pessoa somente adquirem confiança em sua própria competência e valor, e desenvolvem relações muito intensas do tipo pessoa para pessoa. Aprendem a confiar numa pessoa profundamente. Podem vir a confiar ou não em outros. Bebês que experimentam consistentemente a companhia de um pequeno grupo de adultos afetuosos passam a sentir-se também competentes; e estão em boa posição para aprender a confiar nos outros. Bebês se desenvolvem bem quando são cuidados por um pequeno grupo de pessoas que fornecem caricias afetuosas e previsíveis.
Os bebês podem, entretanto, sofrer uma carga excessiva de caricias. Quando alguns bebês são acariciados em demasia, eles respondem recusando as caricias. Outros respondem com irritabilidade, agitação e uma expressão assustada. Bebês sabem muita coisa a respeito do que precisam e nós, pais, podemos aprender com eles.
A paternidade comprova a nossa sexualidade. Demos inicio a uma nova vida humana com nossos próprios corpos num momento de paixão. Nosso amor frutificou. Torna-se evidente que tivemos relações sexuais intimas. De outro lado, passamos a desfrutar de um status; somos reconhecidos como adultos e passamos como nossos filhos para a posição que nossos pais ocuparam conosco. Também encerramos um período de liberdade e entramos numa fase de compromisso que dura de dezesseis a vinte anos ou mais.
Quando contemplamos nossos bebês, revivemos velhas emoções de nossa infância.
As necessidades básicas dos novos pais são semelhantes as de seus bebês: boa nutrição, boa higiene e carícias. Boa higiene significa estar atento ao repouso.
As tarefas da criação de filhos nesse período são:
·      Pensar pelo bebê – ouvir sinais de aflição, perceber o que está acontecendo e descobrir do que precisa o bebê.
·      Proteger o bebê – cuidar do bebê de maneira efetiva, de modo que ele se sinta seguro, confortável e atendido sempre que expressa uma necessidade.

Referencia Bibliográfica
BABCOCK, D. E. & KEEPERS, T. D. Pais OK Filhos OK. Circulo do Livro, São Paulo, 1976.


Postado por Tatiane Medeiros

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A Lição da Borboleta


Um homem, certo dia, viu surgir uma pequena abertura num casulo. Sentou-se perto do local onde o casulo se apoiava e ficou a observar o que iria acontecer, como é que a lagarta conseguiria sair por um orifício tão miúdo. Mas logo lhe pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso, como se tivesse feito todo o esforço possível e agora não conseguisse mais prosseguir. Ele resolveu então ajuda-la: pegou uma tesoura e rompeu o restante do casulo. A borboleta pôde sair com toda a facilidade... mas seu corpo estava murcho; além disso, era pequena e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la porque esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se estendessem para serem capazes de suportar o corpo que iria se firmar a tempo. Nada aconteceu! Na verdade a borboleta passou o restante de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Nunca foi capaz de voar.
O que o homem em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura eram o modo pelo qual Deus fazia com que o fluido do corpo daquele pequenino inseto circulasse até suas asas para que ela ficasse pronta para voar assim que se livrasse daquele invólucro.
Algumas vezes o esforço é justamente aquilo de que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através da existência sem quaisquer obstáculos, Ele nos condenaria a uma vida atrofiada. Não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nunca poderíamos alçar vôo.

Fonte: "Para que minha vida se transforme"- Maria Salette e Wilma Ruggeri - Editora Verus

Postada por Tatiane Medeiros

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Milho de pipoca

"Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre." 

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais  quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que esta sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem  aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas  pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No  entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras, a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.
Extraído do livro "O amor que acende a lua", de Rubem Alves.