sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Vi (ve) ndo

Entrega, vida, plenitude
Como é bom poder ser você mesmo
Como a vida é cheia de surpresas
É na arte do encontro que agente se faz pleno,
Intenso, contente
Sensação de força
Máscara
Porque as usamos?
Porque as mantemos?
As vezes me incomodava por não usá-las,
me sentia desnudada, insegura, incapaz,
hoje sei que sou transparente
a menina transparente
a menina que se mostra
se expõe, se oferece à vida
vida que se faz disso...
poesia, paixão, encantamento
entrega, doçura, sofrimento
Hoje sei que meu sofrimento me completa
Descompletando.
Sou tantas coisas, máscaras
Sou meus muitos eus, meus muitos
Desvarios, descompassos, tropeços,
Sentimentos, sou raiva, sou amor,
Sou ódio, mas também sou calmaria,
Paixão, doçura, ilusão
o branco da folha me convida
Junto com a melodia a ser a minha estrada,
Meu caminho
Meu caminho é lento, progressivo, tortuoso,
Intenso, sou pequena, sou grande,
tenho fome
de pessoas,
Fome de histórias para contar,
de ser eu mesma sempre,
Fome de afeto,
de carinho,
de desejo,
Fome de compreensão,
Mas também dou comida,
a quem Precisa,
a quem me encontra,
Posso ser tantas coisas, o que eu quero ser:
Cansei de tentar achar respostas,
Quero apenas a companhia das perguntas,
Das coisas fugidias e calmas,
Ora incompreensíveis, ora desveladas...
Para que saber tudo?
Se a graça, a magia do existir está em procurar como gravetos o caminho? A trilha?
azul é a cor que escrevo, é dele que posso colocar minhas palavras
Meus sentimentos, como é bom essa arte de escrever,
Às vezes, caminhando pela rua me vem um desejo imenso de ser eu mesma,
De me revelar...no papel,
essa cumplicidade minha e do papel, que tem começado e me feito maravilhas,
é intenso e profundo,
relação de amor e ódio com o papel...
a música me invade, hoje estou num dia milkshake,
dia que dá vontade de ser vivido inteiro e não pela metade,
quero o sabor das horas,
quero a entrega dos minutos,
quero o colorido das vozes,
quero o abraço amigo e atento...
sou atenta e curiosa,
mas posso ser também descompromissada como quem olha pela janela o jardim ao entardecer,
não é preciso ter filosofia nenhuma, como diz Alberto Caeiro.

Dialogações de um ser em trans(forma)ção!!

Autoria: Fabiana Cândida Vitorino

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